sexta-feira, 13 de julho de 2007

NÃO BASTA SER PAI, TEM QUE SER RENAN

"QUERO SER FILHO DE RENAN CALHEIROS"

O texto abaixo é uma criação do jornalista Walter  Navarro, do jornal 'O Tempo', de Belo Horizonte, MG, no  melhor estilo do Padre Antônio Vieira ou de Gregório de Mattos Guerra, 'O Boca do Inferno'. Para quem  não pode pegar o próximo vôo para Paris, é a única coisa que nos resta: a  ironia mordaz, o sarcasmo indizível, a zombaria cáustica, o deboche amargo. É a farpa que fere e sangra. Confiram!!!

'Quem tem fama deita na Gautama. Por isso eu não compraria um  submarino usado do Renan Calheiros, mesmo porque minha carteira de  habilitação venceu em 2002. Todavia,  acho uma covardia o que  estão  fazendo com o presidente do Senado. No fundo, bem no fundinho, tudo isso não passa de inveja do pênis, ignomínias e complô das elites.

Querem o quê? Que Renan seja condenado à morte como o corrupto funcionário chinês ou  que se suicide como o ministro japonês corrupto? Daqui a pouco vão dizer que o Renan mandou fechar o SBT da  Venezuela... Se bem que, pra acabar com o 'Domingão do Faustão', eu cortaria a concessão da Globo. Afinal de contas, o que fez de mais  Renan, o Menestrel das Alagoas? Nada! Seu pecado foi ser fervoroso  católico. Não usou camisinha, nem fez aborto... E não sejamos hipócritas.  Que atire a primeira pedra quem nunca engravidou uma jornalista  bonita e gostosa que queria se dar bem na vida trabalhando deitada.  E vocês viram a cara da mulher (patroa) do Renan? Para defini-la, só incorporando o Clodovil: horrorosa! Um  bagulho! Mais feia que a necessidade correndo atrás da mãe pelada!  Se ela fosse minha mulher, eu engravidaria não só a jornalista  Mônica Veloso, mas o Caetano Veloso, a Maria Bethânia, Dona Canô, Gal Costa, Gilberto Gil, ACM e todos os santos da Bahia!

Quando eu crescer, quero ser filho do Renan Calheiros. O problema  é que eu ia querer ser bebê a vida inteira, pra ficar mamando  naquela beleza de jornalista, orgulho da raça. Esta Mônica Veloso Lewinski é um gênio! Ao perceber que jornalismo não dá dinheiro,  tratou logo de dar... Dar... Digamos... Dar um jeito, mas um jeitinho bem gostoso no  salão oval do Senado, onde Renan, inimigo de Onan, não só acendeu,  como apertou, fumou, tragou e emprenhou. Sem querer, Mônica ensinou o caminho das pedras para suas colegas de profissão. Se eu fosse jornalista, mulher, bonita e gostosa, eu sairia dando meus jeitinhos por aí ao primeiro senador que aparecesse.

Deputado também serve, mas só se for da base aliada.

Minha única saída é  inventar que sou filho do Renan. Falsificar umas certidões, umas ideologias e, de quebra, umas  carteirinhas da UNE pra ver filme de mulher pelada com meia-entrada... Deve ser ótimo ser filho do Renan Calheiros... Já me imagino encontrando com ele, nos corredores de Brasília, correndo, abrindo os braços e gritando, sem medo de ser feliz: Papai!? E minhas festinhas de aniversário? Eu ia ganhar tanto presente quanto o filho do Michael Corleone,  no 'Poderoso Chefão 2': um caminhãozinho cheio de euros (dólar é  dinheiro de pobre, de cueca), um banco imobiliário de verdade, uma  conta no exterior e uma ponte inacabada ligando o nada a lugar nenhum, quer dizer, Alagoas ao Maranhão.

Sem falar nos mimos dos empreiteiros pra eu vender quando  precisar de um bom advogado, como o Kakay e o Márcio Thomaz Bastos. Se bem que eles nunca cobrariam do filho do Renan e do afilhado  do Lula, do Sarney, do Silas Rondeau, do Cláudio Gontijo Mendes  Jr... Um monte de padrinhos, como no 'Poderoso Chefão 3'.

E a mesada das construtoras para minha educação e cultura? R$ 100 mil aqui, 200 acolá... Fora o apartamento, o mensalão, perdão, a pensão e uns R$ 50 mil pras aulas de piano, balé e solfejo. E quando eu crescesse e tivesse filhos, cada um com uma  jornalista, eu ganharia ainda mais dinheiro, desde que, tal pai tal filho, eu fosse o senador Walter Calheiros.

Se não der certo, numa Operação Walter Navalha, posso ter um filho com o Zuleido Veras. E que do nosso amor nasça apenas um bigodão soltando gases, que é  pra gente descolar uns créditos de carbono por fora... Zuleido is beautiful. Zuleido é meu personal Delúbio. Zuleido agora pode ir à  'Dança dos Famosos do Faustão', por enquanto... Zuleido não gosta de chegar em segundo lugar. Zuleido é a Campanha do Agasalho. Zuleido é gente que faz.

Zuleido é um jeito Zuleido de ser. Um jeito pasta de amendoim. Zuleido é uma liberdade azul e desbotada que não tem cheiro, não  deforma, nem solta as tiras. Chega de intermediários! Zuleido lá!  Zuleido Já! Agora é Zuleido!

Zuleido para presidente, o resto é peido!

Zuleido e Renan, como todos nós, têm um lado B, o lado Brastemp. O lado B é o autêntico, aquele que tá nem aí para o que os outros vão pensar. É o lado que vê final de novela, que não tem vergonha, que  não tem governo, nem nunca terá. Zuleido e Renan têm cheque especial Banespa. Renan e Zuleido são o blefe do jogador, a placa de contramão, o sangue no olhar do  vampiro alquimista. As contas do Maluf no exterior, a beira do  abismo e a Lady Murphy. O caseiro Francenildo e a dona de casa, nos  pegue-pagues do mundo.

O Waldomiro Diniz, os Correios, o Mensalão e as Ambulâncias. A  mosca na sopa, o dente do tubarão, o Legacy, a CPI, o Apagão Aéreo,  a Venda de Sentenças, a bala perdida, a falsa bala de festim e o Judiciário amigo. A mãe, o pai, o avô e o filho que ainda não veio. A Telemar, o  Lulinha, o Severino, o Marcos Valério, o início, o fim, o meio e mais 20%.


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