quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Discutindo relacionamento

Tarde da noite, já estavam deitados, quando...

MULHER: Se eu morresse você casava outra vez?

MARIDO: Claro que não!

MULHER: Não?! Não por quê?! Não gosta de estar casado?

MARIDO: Claro que gosto!

MULHER: Então por que é que não casava de novo?

MARIDO: Está bem, casava...

MULHER: (com um olhar magoado): Casava?

MARIDO: Casava. é porque foi bom com você....

MULHER: E dormiria com ela na nossa cama?

MARIDO: Onde é que você queria que nós dormissemos?

MULHER: E substituiria as minhas fotografias por fotografias dela?

MARIDO: É natural que sim...

MULHER: E ela ia usar o meu carro?

MARIDO: Não. Ela não dirige...

MULHER: ....!!!! (silêncio)

MARIDO: Fudeu!!

MORAL DA HISTÓRIA: JAMAIS PROLONGUE UM ASSUNTO COM UMA MULHER....

PESSOAS INTELIGENTES

Arnaldo Jabor
 
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
"Eu sei" - respondeu o tolo assim:
"Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda."
 
Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
 
Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
 
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
 
"O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente". 

terça-feira, 25 de setembro de 2007


 
A difícil tarefa de demitir
No mundo corporativo, se há um momento crucial em que discurso e prática são postos à prova, sem dúvida é o que envolve o rompimento do contrato de trabalho. Nesta hora, os valores apregoados por uma organização ficam em xeque, desnudando o verdadeiro jeito de ser da companhia. Para as que alinham os preceitos às atitudes, cria-se uma oportunidade interessante: a de demonstrar a quem está saindo - e também aos que permanecem - que o jogo pode até mudar de direção, mas que o respeito ao ser humano e a valorização das pessoas como principal ativo da empresa falam mais alto.
As demissões estão mais freqüentes do que nunca, por várias razões. A competitividade do cenário global traz mudanças muito intensas e, não raro, de grande impacto. Movimentos de fusão e aquisição, redirecionamento dos negócios, demanda por novas competências, tudo isso influencia enormemente o cotidiano das empresas e de seus colaboradores, com o agravante de que os profissionais agora têm de lidar com uma realidade de ciclos cada vez menores, exigências inversamente maiores e até novas formas de contratação, bem mais flexíveis do que as de um passado nem tão distante.
O meio ambiente mudou, e permanece em constante e rápida mutação. Ainda que a demissão tenha se tornado mais freqüente, demitir continua sendo uma tarefa muito complexa, para a qual a grande maioria dos gestores de pessoas está totalmente despreparada. Executivos de Recursos Humanos, por exemplo, surpreendem-se quando eles mesmos enfrentam o desligamento. Ao sentirem na própria pele o sofrimento da ruptura, conseguem então fazer uma releitura das práticas que ajudaram a implementar em suas empresas e, nesse momento, compreendem com maior profundidade o alcance de um suporte profissional como o outplacement.
Sem medo de exagerar, é possível dizer que o mercado não dispõe ainda de total clareza quanto à dimensão do outplacement, seus objetivos e características. Tanto que ainda se percebe uma confusão entre serviços de recolocação profissional contratados por pessoa física, área em que atuam desde consultorias das mais sérias até verdadeiros caça-níqueis, e o outplacement, serviço patrocinado pelo ex-empregador e que não apóia apenas o demitido, mas dá suporte à companhia e aos envolvidos diretamente na condução do processo de desligamento.
Trata-se de uma solução que possibilita lidar com a ruptura de forma mais ampla, amenizando seus impactos em diferentes instâncias. Do ponto de vista do demitido, é um amparo inestimável para que ele possa se recompor e planejar a continuidade da carreira. Para a empresa, significa um eficiente mecanismo que possibilita manter o moral dos remanescentes, reafirmar valores e preservar a imagem interna e externa.
Nem todos se dão conta, porém o outplacement tem grande importância no processo de atração e retenção de talentos. A certeza de um tratamento digno e respeitoso quando do término do contrato de trabalho pesa na decisão de atuar (ou permanecer) em determinada organização. O aprendizado de que a carreira é um patrimônio a ser gerido com competência e apuro ampliou a consciência dos profissionais quanto ao seu verdadeiro papel nos processos seletivos. Se antes a escolha era prerrogativa do contratante, hoje a seleção passa por uma via de mão dupla, com as companhias também sendo eleitas pelos candidatos — e é nessa hora que a conduta corporativa em momentos críticos como a demissão adquire relevância ainda maior.
O outplacement profissionaliza e humaniza as relações de trabalho. Ele não se limita ao momento de comunicação da dispensa ou ao acolhimento do demitido e posterior suporte. Ao contrário, sua eficácia se amplia sempre que a solução está presente desde a tomada de decisão pela dispensa do executivo ou até mesmo antes disso, quando é possível avaliar se a demissão representa, de fato, o caminho mais indicado.
Como, quando, onde e por quem será realizada a comunicação faz enorme diferença e dá o tom da qualidade do relacionamento pós-desfecho. Vale sempre lembrar que, em diferentes momentos da vida, desempenhamos variados papéis, influenciando o entorno. Um colaborador que, mesmo demitido, tem boas referências do ex-empregador traz enormes dividendos para a companhia. Indiscutivelmente, não há melhor cartão de visitas do que esse.
Se desempenhar o papel de agente na demissão do outro já é difícil, o que dizer sobre ser o objeto do desligamento? Inúmeras pesquisas já constataram que perder o emprego está entre os mais estressantes episódios da vida, superado apenas pela experiência da morte de um ente querido e pela separação conjugal. No entanto, é possível enfrentar a demissão de forma produtiva, encarando o período como uma parada técnica, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.
Gazeta Mercantil, Vida Executiva, José Augusto, 24/09/2007

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Conflitos sob controle no escritório
Gestores dedicam um quinto do seu tempo à resolução de problemas entre colegas de empresa. Num belo dia, você envia um e-mail despretensioso para um grupo de colegas, fazendo uma brincadeira com um companheiro de trabalho. Ao contrário da reação esperada, a "vítima" revolta-se com a gozação e responde para o grupo todo, com várias ofensas pessoais. Pronto: está criado um sério conflito, que pode gerar problemas - especialmente para você e seu desafeto - no ambiente profissional. A situação acima não é hipotética. Aconteceu, de verdade, com um executivo da área de vendas e estatísticas de uma multinacional do segmento fumageiro, em Porto Alegre. O profissional, que prefere não se identificar, revela que, em função dos insultos recebidos após a frustrada brincadeira virtual, chegou a cogitar uma retratação do colega - um superior hierárquico, mas não direto - na Justiça. Acabou demovido da idéia pelo chefe imediato. Mas isso não melhorou o péssimo clima entre os executivos, que conviveram por um ano e meio com a situação, até que o autor das ofensas saísse da empresa. "A gente não pode esperar muito tempo para tomar uma atitude. Eu sabia que era preciso tentar uma reparação imediata", diz o autor da malsucedida piada. Nos meses seguintes, o problema acabou virando pessoal e, mais do que isso, profissional. Segundo o executivo, que permanece até hoje na companhia, em muitos momentos ele e o colega deixaram de se reunir e falar sobre assuntos inerentes ao andamento do trabalho. Ou seja, o conflito pessoal acabou prejudicando diretamente a atuação de ambos no trabalho. O que lhe valeu uma importante lição. "Depois disso, comecei a ser mais severo comigo mesmo. Tem certas brincadeiras que a gente não pode fazer", admite. Casos como esse são corriqueiros e acontecem a toda hora, em qualquer tipo de empresa. "Os conflitos são bastante comuns. Hoje em dia os gestores e administradores dedicam 20% do tempo ao gerenciamento de conflitos, não só com funcionários, mas também com gestores e funcionários", diz a consultora Patrícia Próspero, da Instrumentos de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo ela, geralmente os conflitos tendem a ser interpretados de forma negativa pela empresa. Entretanto, 80% deles podem ser usados de forma positiva. "Quando você entende que a opinião do outro é divergente e pode ser complementar a sua, isso torna a discussão produtiva. Assim, você passa a entender o modo de ver dos outros. Mas isso só é possível quando estão envolvidos profissionais mais maduros." A consultora sênior da Career Center, Mara Turolla, afirma que a maior parte dos conflitos resulta de falta de afinação em relação ao estilo de trabalho, de comunicação ou mesmo empatia entre os colegas. Segundo ela, o profissional precisa saber o que busca no ambiente profissional. Nesse sentido, diz ela, um dos erros mais comuns é esperar que os colegas venham a se transformar em amigos próximos, suprindo eventualmente a falta de relações deste gênero fora do ambiente profissional. Quando isso não acontece, às vezes, a frustração faz com que muitos executivos acabem deixando a situação degringolar. "Antigamente, o ambiente profissional era afável. Hoje, ninguém mais tem tempo para nada. Entretanto, não é porque o relacionamento é distante que precisa ser ruim", garante Mara. Na opinião de Patrícia Próspero, da IDH, os maiores problemas acontecem quando o choque de idéias se transforma em uma questão pessoal. "A pessoa precisa ter consciência quando um conflito que poderia ter sido evitado está virando uma desavença pessoal. Nessas situações, deve procurar conversar abertamente com a outra para que o conflito possa passar a ser positivo." Escapando com estilo De acordo com a consultora, existem cinco estilos básicos de comportamento, que podem ajudar o profissional a se sair bem diante de um conflito. Não há um estilo certo ou errado, mas sim o mais adequado a cada situação. "Existem muitos conflitos positivos. O gestor precisa saber qual estilo adotar, para tirar melhor proveito de uma situação", explica Patrícia. O primeiro é o estilo competitivo, que se impõe pela qualidade da argumentação e da própria postura. "Em um grupo de bastante gente assertiva, o profissional precisa usar firmeza e personalidade na informação que está passando." O perfil colaborador, por sua vez, tenta trabalhar com o colega e encontrar uma solução considerada boa por ambos. Já o conciliador enxerga uma solução rápida e prática, que não compromete a posição defendida por nenhuma das partes. Assim, ele não necessariamente precisa trabalhar junto com o colega e, de certa forma, também não abre mão da competitividade. Além destes estilos, ainda existem o driblador e o harmonizador. O primeiro, que pode ser aplicado por um gerente recém-contratado, por exemplo, geralmente evita todos os tipos de conflito possíveis. "Para ele, primeiro, é importante conhecer a empresa e sua cultura, para depois passar a atuar da sua maneira", explica Patrícia. Já o harmonizador é aquele que, muitas vezes, abre mão de seu interesse para evitar a briga. "Neste caso, o profissional corre o risco dessa generosidade se tornar bastante negativa, especialmente se o objetivo for simplesmente agradar o outro", adverte a consultora
Gazeta Mercantil, Vida Executiva, Marcelo Monteiro, 19/09/2007